O produto interno bruto (PIB) é comumente associado à palavra “riqueza”, já que ele é expresso em unidades monetárias. O PIB do Brasil de 2022, por exemplo, foi de R$ 9,9 trilhões. Esse valor coloca o Brasil em uma das mais ricas economias do mundo, mais especificamente a 12ª no ano em questão. Tão importante quanto olhar para o valor monetário, é olhar para a variação percentual de um período para o outro, isto é, o crescimento. Exatamente por isso, o PIB também é comumente chamado de “crescimento econômico”.
Para se ter uma ideia dos últimos anos, o PIB Brasil de 2022 representou um crescimento real de 2,9% com relação a 2021. O PIB de 2021 teve um crescimento real de 5,0% em relação a 2000. E em 2020 teve um crescimento real negativo de 3,3%, justificado pela pandemia. O gráfico abaixo mostra uma série do crescimento real do ano de 2000 a 2022. Nesta amostra de 22 anos, deixamos de crescer em 4 anos, destacados em vermelho, cujas razões são diversas. Neste texto, vamos focar apenas nas variações positivas, até porque crescer é uma tendência esperada: quando um país não tem crescimento positivo, certamente escolhas políticas e econômicas precisam ser revisadas.
Gráfico 1: Crescimento do PIB real do Brasil 2000-2022
Fonte: IBGE
Embora haja outros temas econômicos mais frequentes no jornalismo econômico, como por exemplos “inflação” no caso brasileiro e “desemprego” no caso americano, o PIB é a variável macroeconômica mais importante, inclusive pela capacidade de afetar as taxas de desemprego e inflação.
Comumente associado a progresso, alguns autores acreditam os temas que envolvem riqueza e crescimento econômico são valores que pode ser comparado a outros valores de muitas sociedades, como a propriedade privada, o respeito pelos direitos humanos e a democracia representativa. Esses temas estão no debate da economia como ciência desde seu nascimento: “A Riqueza das Nações” de 1776, a mais famosa obra de Adam Smith, considerado “o pai da economia”, trouxe no título esta questão.
Desde então se conhece a receita para crescer. Se crescer é produzir mais, a resposta está simplesmente em aumentar sistematicamente a quantidade de bens e serviços que é produzida. Claro que hoje as preocupações são mais complexas, como por exemplos como ter um crescimento que gere desenvolvimento econômico, que acontece quando se tem um crescimento acompanhado de melhoras de indicadores sociais; ou ainda se o crescimento é sustentável do ponto de vista ambiental; ou se o crescimento é duradouro, isto é, se o é crescimento sustentável no longo prazo. Portanto, simplesmente “crescer” não deve ser o suficiente.
E o que os nossos investimentos têm a ver com isso? Uma importante relação na teoria econômica é a igualdade entre poupança e investimento. Isso vale dizer que, para a economia como um todo, tudo que é poupado, é investido. O que coordena as pessoas que estão decidindo poupar e as que estão decidindo investir é sistema financeiro através das suas instituições, sejam elas públicas ou privadas. Logo, para se crescer, é preciso que pessoas aloquem os recursos poupados no mercado financeiro que por sua vez os emprestam para empresas poderem fazer investimentos reais, ou seja, comprar máquinas, contratar pessoas, ampliar os negócios… e produzir mais, aumentando assim o PIB do país.
Portanto, se você é poupador, parabéns! Está contribuindo para o crescimento do país. Claro que, saber onde estamos investindo é fundamental para determinar se o crescimento é duradouro e se isso trará desenvolvimento econômico. No mercado financeiro há várias opções de investimento com este viés, tanto em renda fixa como em renda variável. Casso você se interesse pelo tema, converse com um de nós da K1 Capital Humano.
Por fim, vamos continuar contribuindo para o crescimento do país, poupando, escolhendo bem os nossos ativos financeiros e claro, para termos algo além do “simples” crescimento, devemos também lutar de outras formas para que ele venha acompanhado de desenvolvimento econômico.
